sábado, 10 de maio de 2014

"O futuro volta a ser respirável"

eu não sei
o que me dá
o que é que tem
aqui em mim
e me deixa assim

cade o fim,
mãe,
traz pra mim?

tem o menino
do cabelo fino
do nariz fino
do sorrir daqui
do sorrir dali
doce só riso
de você
só isso

ainda assim
afundo, sim
ainda assim
queria o fim

figurante
da própria estória
assim caminho
pés alheios

assim me sinto
não me guio
do arreio
peço arrego

Oya... Aí
faço uma prece
peço uma prosa
contigo.

no destino,
nordestino
ah, muleque
escorro
entre seus dedos
sem pedir
socorro

de vocês
não quero sossego

de mim
não quero eu!

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